sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Primeiras impressões de Nova Iorque

Nova Iorque era a minha viagem de sonho desde sempre. Sempre foi o sítio que mais desejei conhecer e demorou 30 anos para o fazer. 30 anos é uma data importante (pelo menos ouço dizer que sim!) e então resolvi que Nova Iorque seria o melhor sítio para comemorar a entrada nos 30.


Foi uma viagem de mulheres e por isso incluiu muitas daquelas coisas que só as mulheres gostam de fazer, como compras, experimentar cosméticos e visitar sítios super importantes para a cultura mundial como a fachada da casa da Carrie(SATC feelings!).

Duas imagens vão ficar para sempre marcadas na minha memória: a vista do Empire State Building e as vistas da ponte de Brooklym. Dois clichés em Nova Iorque que valeram cada minuto do meu tempo e cada cêntimo do meu dinheiro.

Subir ao Empire State Building fo a pimeira coisa que eu fiz com 30 anos! Acordamos bastante cedo e saímos do hotel antes das nove, o que não foi muito difícil já que o jet leg nos fazia acordar por volta das 4h todos os dias, assim evitamos filas e confusões para subir ao topo do famoso edifício evitando o principal contra de visitar o Empire State Building: filas de horas e muita confusão.
 

Lá em cima eu não sabia se tirava fotos ou apreciava a paisagem, cada detalhe maravilhava-me e fazia-me pensar que eu precisava tirar mais fotos para guardar para sempre o quanto aquela vista era magnifica. Como era cedo tivemos tempo para tudo e tiráramos fotos até cansar e apreciamos cada detalhe daquela vista única. Olhar o mundo ali de cima faz-nos acreditar que tudo é possível, que nós somos grandes suficientes para realizar mesmo os maiores dos sonhos.


 E ali ficamos por bastante tempo apreciando as formiguinhas amarelas que lá de cima se transformavam os famosos táxis nova iorquinos. Agora a curiosidade de conhecer o Top of the Rock é ainda maior, já que quase todas as opinioes que li e quase todas as pessoas que já visitaram Nova Iorque aconselharam-me a não ir ao Empire State Building mas sim ao Top of the Rock dizendo que as vistas eram melhores e as filas menores, se eu já fiquei maravilhada com o Empire não sei mesmo o que esperar do Top of the Rock.


O passeio de Sábado de manhã pela ponte de Brooklym deixou outras das imagens mais memoráveis desta viagem. O dia estava lindo apesar de frio, o céu muito azul e o sol a brilhar muito forte. O passadiço pedestre de madeira acolhia os turistas e os locais que faziam os seus exercícios habituais.
 

 Nós no nosso passo de turista ora parávamos para apreciar as vistas ora parávamos para tirar as fotos e num piscar de olhos estávamos do outro lado com a alma mais leve quer pela beleza da paisagem quer pelo sol que brilhava forte e nos aquecia. Chegadas ao outro lado andamos meio que perdidas, sentámos no Broklyn Bridge Park a apreciar Manhattan Dowtown e a beber um chocolate quente antes de regressar a Manhattan.

Foram muitos os passeios em Nova Iorque que vao ficar na memoria mas esses dois sao sem duvida obrigatorios e muito impactantes.

Nos proximos posts vou contar com mais detalhes alguns outros passeio e deixar algumas dicas.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Museu Hergé - o pai do Tintim (visita rápida desde Bruxelas)

Hergé é um nome mundialmente famoso, mas a sua criação mais conhecida e sem dúvida infinitamente mais famosa é Tintim. Podemos até nunca ter lido as histórias de banda de desenha mas acho que quase toda a gente já ouvi falar do Tintim e do seu cão Milu.

Com um dia livre em Bruxelas e tendo já visitado os pontos principais da cidades, resolvi ir conhecer o Museu Hergé, que foi inaugurado em 2009 e fica numa pequena cidade a 30 km de Bruxelas, a 1h10m de viagem de comboio.

Achei o museu muito interessante, principalmente, porque não tinha um conhecimento muito aprofundado sobre Hergé e a sua obra e ao visitar o museu senti como se tivesse a ser levada pela mão e estivesse a ser apresentada primeiro ao autor e depois à sua obra, com bastantes detalhes da vida do cartoonista e depois sobre as personagens que ele criou. O contexto social da época e como isto influenciou Hergé, assim como a paixão dele pelo jornalismo são também explicados e contextualizados na obra. Acredito que para algum aficionado o museu seja um pouco decepcionante já que não vai muito além de uma introdução à vida e obra do Hergé. A arquitectura do museu deixou-me logo entusiasmada, linhas modernas e simples deixam bem claro no exterior o propósito do edifício, com uma imagem do Tintim, que mesmo de costas é facilmente reconhecido e a assinatura de Hergé na fachada principal.

Eu só não percebi bem o porquê de o museu ser em Louvain-la-Neuve, um sítio um pouco remoto e sem mais nada de interessante. Hergé nasceu, foi criado e viveu toda a sua vida em Bruxelas e na minha opinião a capital belga seria o local mais óbvio para receber o museu. Não considero Bruxelas uma capital turística, e os turistas que recebe são turistas que escolhem a cidade mais por conveniência (tem uma localização no centro da Europa onde é fácil parar entre a visitas a outras cidades como Paris, Amesterdão, Londres e tem muita gente que tem que se deslocar a Bruxelas a trabalho e muitas vezes acabam por ficar um dia ou dois mais para conhecer a cidade), e o Museu Hergé em Bruxelas seria um ponto a mais para a cidade.

Para os interessados um guia rápido de como chegar a Louvain-la-Neuve e ao museu Hergé:

Saindo de Bruxelas à vários comboios para a cidade, mas apesar de apenas ser a cerca de 30kms a viagem dura cerca de uma hora. Cuidado na hora de comprar o bilhete não confundir Louvain-la-Neuve com Louvain. Ao chegar à estação é seguir as placas que tem por todo o lado como a mostrada aqui em baixo. Da estação ao museu é 5 minutos a pé.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Bruxelas - Praça de Luxemburgo

Semana passada eu estive em Bruxelas a trabalho e fiquei hospedada na zona da comissão europeia muito perto da Praça do Luxemburgo. Antes de mais eu tenho que confessar que acho Bruxelas uma cidade nada interessante, esta viagem foi a segunda vez que eu tive na cidade e a minha primeira impressao foi só reforçada. Não é que a cidade seja feia, mas também não especial suficiente para merecer ser visitada. Além disso acho as pessoas tão pouco simpáticas, para não dizer pior, e falo de todas as experiências que já tive na cidade desde Hostels até hoteis 4 estrelas.

Mas teve um lugarzinho na cidade que deixou-me animada.
Para quem gosta de sair para jantar em lugares movimentados ou só mesmo beber uns copos com os amigos a Praça de Luxemburgo é o lugar ideal em Bruxelas, com muitas opções de bares e restaurantes e não é um sítio turístico. A praça do Luxemburgo é famosa na capital belga como um ponto de encontro depois do trabalho. O único senão é que durante os fins de semana o lugar é muito mais calmo, alguns restaurante estão mesmo fechados.

Quando tive la jantei no seguintes restaurantes:

Quartier Leopold - É um restaurante com bom ambiente e bastante bem decorado, no entanto deixou muito a desejar no serviço e a comida não achei nada de especial para o preço que se paga. O menu é bastante resumido com opções como hamburgueres, pasta, peixe ou cordeiro. Acho que por este preço encontra-se facilmente opções melhores em Bruxelas.

Porto Fino - Este é um restaurante italiano onde comi uma massa com frutos do mar que estava muito boa. Típico restaurante italiano, com uma ambiente agradável e comida saborosa.

The Beer Factory - É um pouco difícil conseguir lugar neste super concorrido bar/restaurante. A decoração também é bastante interessante, que como o nome indica fazendo lembrar uma fábrica de cerveja. É o tipo de lugar muito movimentado, barulhento e cheio de gente, mas com um menu com bastantes opções típicas da cozinha belga.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Índia - A aventura começa muito antes da viagem

Em Abril vou partir 13 dias para uma viajem que vai ser sem dúvida uma das minhas maiores aventuras - conhecer a Índia.
Mas as aventuras desta viagem começaram muito antes do dia de partida. Com vista a manter o orçamento baixo e poder visitar o que quiser pelo tempo que eu quiser, estou a organizar todos os detalhes da viagem.
A primeira grande decisão foi marcar a viagem de avião, muitas dúvidas surgiram, principalmente, qual seria a melhor cidade para um primeiro contacto com a cultura de um país como a Índia. Acabamos por marcar a viagem numa companhia aérea desconhecida por nós até então mas com um preço muito vantajoso e o horário perfeito. Eu sou meio louca quando marco viagens porque quero sempre aproveitar ao máximo os meus dias de férias. Só para terem uma ideia do que eu estou a falar, o voo é numa terça-feira, vou trabalhar o dia todo ate as 17h30 depois saio directo do escritório para Heathrow (Londres) para apanhar o voo as 21h30.
Algumas vacinas são aconselháveis (além daquelas que usualmente tomamos como a do Tétano), no caso da Índia, Hepatite A e Tifóide. Tomar as vacinas foi fácil, marquei uma consulta com o meu GP (médico de família no UK), além das vacinas a médica deu-me algumas dicas, aconselhou-me a tomar comprimidos para a malária e sempre beber água engarrafada na Índia (no caso de dúvida se a água é mesmo engarrafada optar por água com gás já que esta e difícil de "falsificar").
A Índia também exige visto de entrada que me custou £41, mas me fez perder uma hora mesmo tendo hora marcada.
Também comprei um seguro de saúde, mas neste caso aproveitei e comprei para o ano todo que além de ficar muito mais barato faz todo o sentido uma vez que faco bastantes viagens quer a trabalho quer a lazer.
Agora só falta fazer a minha mini farmácia de emergência para levar comigo com vários itens como repelente e creme para queimaduras solares e muito papel higiénico, pelos vistos este último é considerado por aqueles lados como item de luxo.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Sevilha

A capital da Andaluzia é uma cidade super interessante e pode ser uma óptima opção para passar um fim de semana e encontrar temperaturas mais amenas no Outono ou na Primavera. É o tipo de cidade a se evitar durante o Verão quando as temperaturas podem atingir os 40º. Eu visitei Sevilha no meio de Outubro e durante o dia as temperaturas rondavam os 30º, foi óptimo uma vez que em Londres o Outono já estava bem avançado com temperaturas na casa dos 10º.
Sem dúvida que o maior atracção da cidade é a Catedral e a torre conhecida como Giralda, mas Sevilha tem muito mais para oferecer, como as margens do rio, o campo de touros, a Torre do Ouro e a magnifica Praça de Espanha. A cidade é conhecida por muitos como a mais espanhola das cidades de Espanha e depois de visitar a cidade dá para perceber bem o porquê.
A impressão de que catedral é enorme não é só impressão pois trata-se da terceira catedral maior do mundo (maiores só a Basílica de S. Pedro, em Roma e a Catedral de S. Paulo, em Londres), construída mesmo ao lado do pitoresco bairro de Santa Cruz, no mesmo sítio onde outrora existia uma mesquita. Aliás ainda são muitas as evidências da mesquita que ali existiu como a Torre da Giralda que era o antigo minarete do templo muçulmano. A torre tem 93 metros de altura e desafia a todos que querem contemplar a magnifica vista da cidade que oferece com 35 rampas a pique.

É fácil visitar a cidade a pé, pois é uma cidade muito plana e apesar de grande, quase todos os bairros por onde passei são bem agradáveis de se passear. Durante o dia o comércio é bastante movimentado e durante a noite bares e restaurantes de tapas enchem-se de jovens até muito tarde.
Eu tive a sorte de visitar a cidade com um amigo meu que é Sevilhano então tive uma visão da cidade da perspectiva de um morador e duas coisas que me marcaram foram as tapas que para o sevilhano (e se calhar para todo o espanhol!) e uma coisa de dia a dia, a maior parte das refeições deles são à base de tapas e que o flamengo é um estereotipo que os sevilhanos tentam evitar. São um povo muito agarrado a bairrismos e a tradições seculares como a Semana Santa e a Feria.

A culinária é um capitulo à parte nesta cidade, para quem gosta de tapas como eu, é um verdadeiro paraíso. Os três sítios que mais gostei foram:
Pepe Hillo -(Calle Adriano 24, junto à Praça de Touros) Foi onde comi as melhores tapas da minha vida, e digo isto sem nenhum exagero. É um restaurante pequeno, com uma decoração inteiramente dedicada a tauromaquia. É o tipo de local bem sevilhano, cheio de locais de todas as idades. As tapas não são muito baratas, mas muito bem servidas o que no fim de contas acaba por ser o mesmo preço pago em outros locais. O tinto de verano foi o acompanhamento ideal para uma refeição numa tarde tão quente.

Patio San Eloy (Castelar 1, centro) Um lugar muito típico e único em Sevilha, apesar de ter várias mesas o que marca este restaurante e a escadaria ao fundo onde os clientes se sentam a comer. A variedade de "bocadilhos" é enorme e quase todos muito típicos da Andaluzia o difícil e mesmo escolher.

Bodega Gongora - (Calle Albareda 5, centro) no meio da zona comercial da cidade, tem todo o ambiente de um bar local quer a nível de clientela que a nível de decoração.